terça-feira, março 13, 2012

Não sei se resisto à tua primavera

Foi um Novembro espesso e encorpado que se entranhou em nós, noite de trovões avassaladora e urgente, sem demoras, porque se sangrou a vida pelos dentes em forma de beijos, e beijos a fazer as vezes de promessas. As promessas de nunca mais a substituirem as chaves dos  afectos encacerados.
O vinho quente destronou a lágrima e Março aconteceu no café  que sobe nas esferas de vidro aromatizando lentamente a casa.  Ainda não sei se resisto à tua primavera. A lamparina continua acesa. Não preciso de mais nada.