sexta-feira, abril 28, 2006
a vida sem memória
foi assim. os pequenos esquecimentos do dia a dia. ninguém quis ver. acreditar. a tua memória era de elefante. o mundo ficou lá atrás. os teus olhos viam pessoas. fantasmas que habitavam um mundo que já não te lembravas. que não fazia sentido. as mãos na cabeça assustada. o barulho da rua, os carros na estrada, as buzinas e as pessoas que se atravessavam no caminho. nós à tua espera. e tu sem saber quem nós erámos. e nós sem saber em quem te estavas a transformar. tive tanto medo. e só chorei uma vez. quando deixaste de saber quem eu era. mas sorriste-me sempre. até ao fim. mesmo que já não te lembres.
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