O baloiço é das minhas mais queridas recordações de infância. Voava. Impulsionada pelo sonho. de olhos fechados. porque o mundo era meu. Não precisava sequer que me empurrassem. Sozinha. Sonhava tudo. E balouçava. Sempre. hoje. na cadeira ou na rede. ainda balouço. o mundo ainda é meu. mas às vezes preciso que me empurrem.
4 comentários:
Eu compreendo-te tão bem...
"Sonhava tudo. E balouçava. Sempre."
"ainda balouço. o mundo ainda é meu. mas às vezes preciso que me empurrem."...
simples e muito bonito. como o baloiçar da nossa infância.
bjinho*
Tinha tantas, mas tantas saudades de te ler...
Quando for grande quero ser igual a ti. Ou pelo menos escrever como tu. Literalmente.
Há um momento na vida em que, a partir daí, passamos a privilegiar um empurrão. Não precisamos que nos empurrem, apenas nos sabe bem o empurrão. Porque a dois se baloiça melhor. E não deixamos, forçosamente, de sonhar.
É tããããããããããão incrivelmente bom vir aqui, a este fidelíssimo lugar-página baloiçar com a "Maria"; regressar voluptuosamente aos prazeres tão triunfalmente primários da sensualidade mais alar e, ao mesmo tempo, mais dura e desesperada--e sermos de súbito, por uns brevíssimos instantes nós mesmos, na luz fina e exactíssima que nunca deixa de evolar-se daquilo que a Maria" escreve!...
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