Movo-me eu entre sombras. Habituada à solidão de existir assim, tenho medo. Medo do amor. Eu que o defendo. Eu que o busco. Eu que morro de medo de o encontrar. Morro de medo da luz que me espera para lá destas sombras. Sei que ela existe. Mas tenho medo que me encandeie uma vez mais, me fira os olhos, ou me faça chorar. Ou pior ainda que depois de viver o amor, seja obrigada a voltar a estas sombras. Por isso e no entretanto, fico-me pelas sombras. Sem luz.
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