quinta-feira, novembro 27, 2003
Voo
Voo. Mesmo com as asas magoadas e feridas. Não encontro local onde pousar e por isso continuo a voar. Cada vez mais alto. Cada queda dói mais do que a anterior, porque por detrás dessa queda há tantas outras acumuladas em si mesmas e que ainda doem. Mas não passo pela vida a planar. Isso não. Isso não consigo. Isso não sou eu. Gosto de sentir o vento frio, o temporal, de me enfiar dentro do nevoeiro espesso á procura de algo indefenido. Persigo o sol que incandeia o olhar. Voo de asas feridas. De olhos vendados. Voo, mas não plano. Isso não. Isso não sou eu. Nem quero ser.
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