terça-feira, janeiro 20, 2004
(...)
Esqueço-me do teu olhar, ignoro os teus sorrisos e rejeito chamadas. Por isso neste momento não te penso, não te sinto e mesmo por isso me esqueço. De ti e depois de mim. Enterro-me viva. Ou mais ou menos morta porque já não há sonho. Não há espera. E não há sobretudo razão para continuar. É um funeral tardio e adiado vezes sem conta, apoiada na ilusão esperançada de que talvez amanhã pudesse ser melhor. Não o é, nem o vai ser nunca. Por mais que doa, por mais que seja também essa a verdade. Isolo-me e escondo. Não quero as manhãs, as tardes ou as noites. Não quero nada. Só talvez o descanso. Espera-me a solidão inevitavél, o desespero e depois disso tudo... o resto.
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