terça-feira, janeiro 13, 2004
Sem palavras
hoje sou assim... sem palavras. Ou com palavras difíceis de pronunciar que se ficam nas imediações de algum sítio que conheço de cor. Hoje sou o beijo que não te roubei ontem. O pedido que não fiz. A mão que não te agarrou. Sou o silêncio do primeiro olhar matinal. Sou o toque suave que pede sempre mais, mesmo sabendo que não pode ser. Sou a história incompleta e fugidia. Sou todos os medos. Todos os ventos que te arrastam para longe. Sou as ilusões que não me atrevo a confessar-te. Sou as fantasias que não me deixam dormir. As ousadias que não me permito ter. Sou sem palavras... apenas eu. Apenas tua.
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