precisava de te escrever... de te dizer tantas coisas que depois se entalam na garganta. eu esqueço que elas existem. passo adiante. mas essas coisas, não sei como, mas encontram-me, moem-me por dentro. sufocam-me. quero gritar. a voz não sai. tento esquecer outra vez. pisar essas coisas. apagá-las. adiá-las. fazer qualquer coisa com elas. menos dizer-te o que vai aqui dentro. isso não. isso nunca.
E ando tão cansada de correr. de me esconder. dessas coisas. que são os meus sonhos. impossíveis. e só meus