Procuraste-me para uma conversa breve. Querias o jogo de antigamente. No sitio de antigamente, o casino.
Calculado o risco, sempre alto contigo, feitas as apostas, entre os martinis e os teus honrosos e nada discretos olhares, para o meu decote, quiseste saber se era feliz.
- Feliz?
- Sim, feliz, assim, sozinha. És?
- Já não jogo a feijões. E no casino já não há moedas a caírem.
Apesar do ar de desilusão aparente, a cova do teu sorriso denunciou-te. Sei que ficaste feliz por não te querer desta vez.