Olhou-se ao espelho e percebeu que lhe fazia falta um abraço. Dos verdadeiros, daqueles em que a cabeça se encaixa no ombro, confia-se e pronto. Com ou sem lágrimas. Também percebeu que não havia ninguém para isso. 
E pior de tudo: ainda não sabia abraçar-se.
quarta-feira, outubro 12, 2011
Elogio da ignorância
- Basta a verdade. Ela é sempre libertadora e definitiva. 
- Borrifa-te nisso,  a ignorância permite-nos acarinhar um dia de sol. 
- A ingenuidade faz o mesmo. E a felicidade também. 
- Lá está, ninguém precisa dessa verdade libertadora e definitiva. 
- Eu preciso. 
- Ficam-te bem esses sentimentos.  
P.S- Sopra para os meus olhos e impede-me de chorar. Agarra-me na mão e deixa-te estar assim. Apenas cinco minutos para que a dor fininha que me rasga o corpo não se entorne. Mais importante: promete-me que amanhã será um dia melhor. E que a verdade, um dia, vai deixar de doer tanto. 
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