quarta-feira, julho 26, 2006
tenho saudades destes caminhos...
a foto é minha. a viagem é nossa. o dia era meu. fim de dezembro. os meus anos. um frio imenso. o entardecer do depois na varanda. a olhar deslumbrados para a paisagem. fazendo contas à vida para comprar a casinha feita de pedra no meio desta aldeia. perdida algures no meio de Portugal. foi a viagem da descoberta. da casinha de pedra e dos sonhos que podiam ser os nossos. a foto é minha. o dia era meu. as saudades partilho-as contigo.
domingo, julho 23, 2006
imagina-te...
imagina o avião. eu de cabeça colada à janela, passeando os olhos pelas nuvens, olhando-te de momentos a momentos e sorrindo. imagina o quarto de hotel depois. desfazer as malas. arrumar tudo nas gavetas. as tuas coisas junto às minhas. agora pelo menos. as escovas de dentes quase a tocarem-se. os teus lábios nos meus. a cidade depois à nossa espera. de mãos dadas. porque a idade ficou lá na outra cidade. os olhos postos no desconhecido. eu e tu, junto ao rio. no arco do triunfo. a torre que se ergue por cima das nossas cabeças. os bairros de artistas das histórias com as quais me encantava e te sonhava assim também. imagina as pessoas a virarem a cabeça na rua. riem-se. criticam. não faz mal. somos nós. aqui. onde não devemos satisfações a ninguém. atravessamos o canal e o relógio anuncia o nosso tempo. paramo-lo. conto as estações de metro. eu sei já me perdi neste submundo. debaixo da terra. imagina o verde do parque que atravessa o nosso olhar. imagina a rainha. imagina-me princesa. imagina-nos. consegues?
quinta-feira, julho 20, 2006
Até já
Agarro a porta. fechá-la é fechar também qualquer dentro e mim. de nós. admitir que alguma coisa se quebrou. que do encantamento de ontem sobrou apenas a despedida de hoje. as nossas mãos em cada lado da porta. tu a fechar. eu a tentar deixá-la aberta. para quem sabe um dia depois. depois da tua vida. depois da minha. Damo-nos por fim as mãos, depositas-me um beijo rápido nos lábios e fechas a porta com força. Corro até à janela para te ver. Atravessas a rua sem olhar para trás. eu sei. a vida não espera por nós. Deixo-me ficar a ver-te entar no carro e a disparar pelas ruas de lisboa. já te foste.
Até já
terça-feira, julho 11, 2006
E porque...
Porque todas as histórias de amor são repetições inevitáveis de outras tantas histórias de amor. Porque todas as histórias de amor começam assim sem darmos por isso. E acabam sempre mal. Pelo menos as mais bonitas. A minha acaba assim...
And once again the story ends with you and I
Anastacia
quarta-feira, julho 05, 2006
A arte
"A arte é uma coisa que tão pequenina se torna infinita: cabe no espaço breve entre os teus olhos e a ponta dos teus dedos mas chega ao céu."Murphy
porque foi a frase que inspirou o meu dia...
porque foi a frase que inspirou o meu dia...
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