sexta-feira, março 13, 2009

Tão perto e tão longe

Se esticar o braço, toco-te. Se te tocar, ferves por dentro. Mas não mostras. Nunca.Quase nunca, por vezes, nessas mesmas vezes em que te enganas e me permites apanhar-te em falso. Nessas vezes arrisco tudo. O mundo, o sonho, a dor do depois. Quase tudo. Mas estás mesmo aqui ao lado. No toque quente que aquece o frio deste Inverno. No carinho da comida pronta quando se chega a casa tarde. Na felicidade insurrecta de fazer de uma fatia de bolo-rei dura, um delicioso bolo de anos. Na ternura primitiva que permite o aconchego das tuas mãos aos meus seios. Tão longe e tão demasiado perto.

Deixa que me confesse:

Nao mudaste apenas um ano no calendário do amor. Mudaste o amor. A forma e a textura do amor. Mudaste tudo. No fim e imperetivelmente, mudaste-me a mim.

Tão perto de mim, tão longe de seres meu...

1 comentário:

A.S. disse...

Que nenhuma luz se apague
enquanto os olhos a pedirem...
Que nenhuma caricia se desperdice
antes das mãos entardecerem...
Que nada na vida se interrompa
antes que aconteça...


Para ti... com um beijo!