Desculpa se dói ou se não é suposto confessar coisas destas. Nos dias que correm, acredita, esforço-me imenso para não errar. Para corresponder a expectativas; quase todas, as tuas, as da família, as do trabalho.. Por vezes falta tudo; a palavra certa, o gesto correspondente. E tu.
Desculpa se causo incómodo ou se abalo o silêncio. A ausência tem destas invenções; quebra corações. Mesmo aqueles que se queriam gelados e inamovíveis perante as emoções.
Desculpa os esconderijos que invento porque não te tenho como um direito que possa sequer almejar. Fujo e corro porque talvez sejas tu o meu destino. Nunca quis querer-te.
Desculpa, sinto a tua falta. É uma merda dizer-te, mas a vida também é assim.
domingo, julho 24, 2011
sábado, julho 02, 2011
Medo
Não conto nada de ti. Agora sou só eu. Não me interessam as rosas brancas que prendias no cabelo segurando as tranças. A água cai continuamente e finda-se pelo ralo da banheira. Dirias: não desperdices a água. Responder-te-ia: a água está cada vez mais cara, mas não te preocupes que eu depois pago.
Farias uma maldade qualquer em jeito de criança, como desligar o esquentador. Eu sorriria e seriam assim os nossos os dias até quando a água parasse de jorrar nesta casa de tostão enforcado pelo sacrifício dos sonhos difíceis. Queríamos ficar juntos e aqui.
Nunca gostei muito de ti até me estalares o coração. Quase que me afogo na água da banheira, pelo que poderei ser honesto e revelar, que não foi o amor ou a paixão que nos juntou. Era mais certa a vida contigo. Só isso. Tão certa, senti eu quando dissemos o sim. Ainda mais, quando te agarrei a mão com força e te deixei morrer.
Dói-me o amanhã porque tu não estás. A água já nem sequer pára em mim. Deixa-se ir no tempo das pequenas coisas que foram-se ausentando de mim. Como o sorriso que se foi desgastando em esgares esforçados. O depois de amanhã será então tenebroso. E o depois mete medo.
Mergulho na água morna e deixo-me ficar.
Farias uma maldade qualquer em jeito de criança, como desligar o esquentador. Eu sorriria e seriam assim os nossos os dias até quando a água parasse de jorrar nesta casa de tostão enforcado pelo sacrifício dos sonhos difíceis. Queríamos ficar juntos e aqui.
Nunca gostei muito de ti até me estalares o coração. Quase que me afogo na água da banheira, pelo que poderei ser honesto e revelar, que não foi o amor ou a paixão que nos juntou. Era mais certa a vida contigo. Só isso. Tão certa, senti eu quando dissemos o sim. Ainda mais, quando te agarrei a mão com força e te deixei morrer.
Dói-me o amanhã porque tu não estás. A água já nem sequer pára em mim. Deixa-se ir no tempo das pequenas coisas que foram-se ausentando de mim. Como o sorriso que se foi desgastando em esgares esforçados. O depois de amanhã será então tenebroso. E o depois mete medo.
Mergulho na água morna e deixo-me ficar.
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