domingo, janeiro 18, 2004

Sei que não

que não me é permitido sentir o que sinto. Que não posso dizer o que quero, que não te posso beijar ou abraçar quando tenho vontade. E, sinto em mim, em nós, demasiados nãos. E não os suporto. E não os quero carregar mais dentro de mim. Por isso vomito-os todos num rompante de mágoa, de raiva e de amor. Agora tudo o resto não passa desse bocado de massa informe que ficou espalhada no chão à espera que alguém limpe. Já não te espero. Nem sequer sei se ainda te quero.
Agora e daqui em diante sou gelo. Inquebravél e distante. Cortante e indiferente a tudo. A todos. A ti e principalmente a mim ao que sinto. E ao que quero deixar de sentir.

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