o teu corpo compreende o meu. sabe quando é preciso um beijo mais prolongado no pescoço quase a beirar a orelha ( a direita, eu sei que já decoraste). sabe que preciso de um abraço raramente. mas sabe que preciso de o sentir a deleitar-se com o meu toque às vezes tão duro e tão exigente que não pareço eu. mas sou. e só o teu corpo sabe disso. dessa violência desprovida das sensibilidades a que todos se habituaram a esperar de mim. o teu corpo sabe como posso ser má. como posso querer que sejas mau. ou rápido. devagar como quem percorre uma estrada sem pressa de chegar. o teu corpo. marinheiro de tantos portos. e agora tão meu. preso à minha cama. de olhar vendado pelo lenço azul. e untado de mim.
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