sexta-feira, setembro 29, 2006
ontem
não gosto de cemitérios. fazem-me lembrar que estou viva. e isso às vezes parece-me tão injusto. como ontem. fizeste anos. demasiado longe de mim.
terça-feira, setembro 26, 2006
aqui
porque não há mais lugar nenhum onde possa somente gritar sem ninguém me ouvir. porque aqui sou eu sem o ser. porque isso não interessa agora. interessa-me apenas ficar. assim. quieta. à espera que as lágrimas venham. quentes e silenciosas. depois tudo vai passar. quero acreditar.
as lágrimas não descem dos meus olhos. o grito pára na garganta. o lago imenso dos meus olhos fica parado à espera da próxima tempestade. Que há-de vir. vem sempre. é assim a vida. aqui.
as lágrimas não descem dos meus olhos. o grito pára na garganta. o lago imenso dos meus olhos fica parado à espera da próxima tempestade. Que há-de vir. vem sempre. é assim a vida. aqui.
segunda-feira, setembro 18, 2006
palavras
Estas são antigas. mas ainda fazem todo o seu sentido. libertei-as do pó da memória
"Longe do olhar dos outros, respiramos ao mesmo tempo- como uma engrenagem única e bela. Resquício de memória que se apaga lentamente, sem que ninguém dê por isso."
"Longe do olhar dos outros, respiramos ao mesmo tempo- como uma engrenagem única e bela. Resquício de memória que se apaga lentamente, sem que ninguém dê por isso."
Al Berto in "O Anjo Mudo"
sábado, setembro 16, 2006
curiosidades...
não gosto de dar explicações. de traduzir os meus textos. de lhes retirar a alma e transcrevê-la para a vida real em que as palavras são o espaço absurdo que fica nos lábios depois de um beijo. qualquer que seja. mas satisfaço a curiosidade de alguns e-mails e confesso. muito ou quase tudo do que está aqui é real. aconteceu. deixou marcas. é meu. partilhá-lo é um acto de egoismo meu. porque o amor também é isso nas palavras da poetisa. Cantá-lo. Gritar. Escrever. O eu. o aqui. o agora. o nós. o depois.
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