Leio. Volto a reler. Uma e outra vez. As tuas palavras inscritas em papel de rascunho. E continuo sem saber o que te dizer. Não me canso de as ler. Tenho medo do avesso das palavras. Dos silêncios que as intervalam e que eu conheço de cor. São os mesmos silêncios das nossas conversas, os silêncios que ficam quando o resto é demais e basta um sorriso, um olhar, um gesto.
Tenho obrigação de as comentar, de lhes dar uma resposta. Continuar de um depois que se irá entranhar em nós. Não consigo dizer mais do que o meu olhar já diz. E ele não mente. Não a ti. Saberás a resposta?
domingo, março 07, 2010
quarta-feira, março 03, 2010
Beijo-te
Por vezes meia-dúzia de palavras têm o condão de mudar destinos. As tuas invariavelmente mudaram para sempre o meu. Se não me tivesses respondido àquela ousadia de menina, se não tivessemos mantido aqueles telefonemas, o vinho, a lasanha, etc. Se tudo isso tivesse sido apenas uma fantasia de garota a descobrir a vida para além da casa, do bairro e da escola e tivesse ficado guardado e selado no cofre da adolescencia inquieta.
Nas palavras que vingaram e alcançaram o presente, continuas a existir. Como sempre. Com talvez ainda mais força, porque és presença na memória, nas paredes que seguram o meu ser e nas palavras, as amigas íntimas que me impedem de esquecer quem sou.
Beijo-te na distância imensa, que nos separa fisicamente. Beijo-te na intimade partilhada, que nunca se esquece. Beijo-te por entre as palavras ensaiadas frente ao espelho.
Beijo-te.
Nas palavras que vingaram e alcançaram o presente, continuas a existir. Como sempre. Com talvez ainda mais força, porque és presença na memória, nas paredes que seguram o meu ser e nas palavras, as amigas íntimas que me impedem de esquecer quem sou.
Beijo-te na distância imensa, que nos separa fisicamente. Beijo-te na intimade partilhada, que nunca se esquece. Beijo-te por entre as palavras ensaiadas frente ao espelho.
Beijo-te.
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