domingo, julho 11, 2004
no chão
de tijoleira, ela senta-se de pernas cruzadas e desenha. A carvão. Traços pretos que definem caminhos, rostos e sonhos. Os dela. Os de ambos. Porque ele sentado, também no chão, toca. Com as cordas inventa e reinventa acordes. Melodias que penetram no ouvido e ficam. A martelar. A desenhar os riscos a carvão que ela traça nas infindáveis folhas brancas que enchem o chão. De tijoleira. Fria. A única testemunha deles. De como fazem, numa forma única e singular, amor. E arte. Numa comunhão perfeita em que se ilude o tempo lá de fora e se caminha de mãos dadas. Ali e só ali. Naquele canto a dois. Onde o amor acontece. E arte se mistura. A dois.
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