disse-me ela quando pela primeira vez me leu. Aceitei calada. Tinha razão. Fui para casa reformular o texto, tentando-lhe inventar um estilo e reinventar as palavras. Não resultou, a professora de português cotou a minha composição com um insuficiente sem apelo nem recurso. Não quis desistir. Mas sabia que um dia teria de o fazer. Que não se pode inventar o que não se tem, neste caso, talento. A professora deveria ter razão. Eu não sabia escrever.
Os anos passaram. Hoje, admito, ela tem razão. O que escrevo são só palavras. Que vêm de dentro. Que me corroem, me agridem e me fazem sorrir. Escrever é um prazer. Inimaginavél para quem está do outro lado do espelho. Enfrento os fantasmas de antigamente e dedico-me a escrever. Por agora aqui. Há quase um ano...
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