terça-feira, setembro 16, 2003

Ao meu desconhecido,

Escrevo-te porque não te conheço. Não sei a tua morada, o teu país ou o teu mundo. Nem tu me conheces. Mas esse é objectivo destas cartas. Quero que me conheças.Em cada palavra, está um pouco de mim. Descreverei-te o meu corpo para que o possas depois descobrir com as tuas mãos o quanto ele é teu.
Quero que saibas tudo sobre mim. Não quero perder tempo com intrigas pérfidas, inseguranças dramáticas, ou esperas dolorosas. Quando te encontrar quero que não precisemos de falar para nos sabermos ouvir. Quando te encontrar, quero-te.
Dias, meses ou mesmo anos. Mas talvez nessa altura possas ser simplesmente meu...

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