terça-feira, fevereiro 10, 2004

Anoitece

como se fosse possivél o dia acabar entre nós. Como se a luz da noite quissese enfranquecer o nosso brilho. Como se o silêncio pesado das madrugadas se pudesse substituir as nossas palavras. Como se fosse possivél cristalizar sentimentos e estes pudessem ficar suspensos num único dia. Como se fosse possivél que a noite nos intimide e nos faça esvanecer. Em fragmentos. Que são estrelas. E que se avistam ao fundo. Inertes.
Anoiteces. Ainda que nos meus braços. Mas já tão distante...

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