domingo, setembro 19, 2004

por detrás dos meus olhos a luz que me consome. por detrás das minhas mãos há uma fogueira contínua. queima. mata. porque não te alcança. quase nunca.
Atas poemas às paredes e teces em fios de seda palavras que não deixas ouvir. e que dizem baixinho para continuar aqui. deste lado do espelho onde nada é ainda possivél.
lanças-te à estrada em sonhos falhados.
por detrás um da voz um fio de dia a chamar a noite. de luar pequeno. as estrelas não brilham.
vê a cadeira de pedra. ausência de ti. fria e dura. penosa. ninguém lá se senta.

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