terça-feira, novembro 28, 2006

quando as luzes se apagam

fica só a luz das velas. o vinho nos copos, o eco dos risos durante o jantar, as marcas do sorriso no rosto. fica o resto de tudo o que se disse. o silêncio do carinho quando os teus braços me envolvem num longo abraço. ficam os beijos ténues que depositas no meu rosto e nas minhas mãos. como quem diz que o amor pode ser isto. ou que o amor deveria ser isto.
quando as luzes se apagam... apetece recolher-me nos teus baços e não ser ninguém. esquecer-me de ser gente. de ser alma, coração ou pele. apetece-me morrer em ti.
e assim que as palavras acontecerem na minha boca, vou dizer-te que é do vinho, quando os meus lábios tocarem os teus, vou dizer-te que é de carinho, quando as mão se procurarem, vou-te falar inevitavelmente da solidão. quando as luzes se apagarem, vou-te falar de nós.

4 comentários:

Claire de Lune disse...

Se a vida tiver algum propósito, que seja o de nos permitir viver o amor, na plenitude do outro, para além de qualquer privação ou constrangimento. O amor é uma dádiva e falar dele da forma como tu o fazes também. Verdadeira inspiração.

Rute Coelho disse...

o amor é a causa e a amis bonita das consequências de estarmos aqui. obrigado pelas palavras. há dias como o de hoje em que elas significam o melhor dos sorrisos

Chellot disse...

Esse sentimento que nos arrebata, embreaga nossa mente e nos faz flutuar.

Beijos estrelados.

Vítor disse...

Lindo "Maria"!