Gosto da vida. Dos seus constantes desafios. Das quedas que obrigam ao nascimento de feridas. Das lágrimas que brotam sem cessar. Mas gosto sobretudo da liberdade de olhar de frente para o mundo e da utopia que alimenta o sonho de o poder possuir um dia por inteiro. Nem que seja comprimido no corpo ou no sorriso inteiro e franco de alguém. Sem cordas. Sem prisões porque tal como as gaivotas, aspiro à liberdade. E o amor é uma forma de liberdade. Do corpo e do espírito.
Exponho-me. Entrego-me. Porque não quero perder tempo. Porque a vida é curta, como me ensinaste um dia. E, juro-te não quis acreditar. Éramos jovens, tinha o tempo todo para te confessar o que sentia. Até um dia, o tempo se ter esgotado entre nós.
Agora agarro a vida. Suspendo o tempo entre as minhas mãos e impeço o amor de se escapulir. Muitas vezes não consigo. Porque não depende de mim. As coisas que amo são livres de ir e voltar. Afinal a liberdade faz parte do amor. É isto o equílbrio do trapezista que vive sempre sem rede. É isto o voo interminável da gaivota. É isto o motor de arranque de qualquer viajante. É isto que me faz viver. E procurar. Sempre o mais. O meu mais.
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