segunda-feira, agosto 23, 2004

(A)deus

Tão perto e tão longe, apetece-me dizer. Neste claustro onde o silêncio entremeia cada passo e cada palavra, onde basta sair para poder encontrar o mundo lá fora. Em que cada cela deste convento é um lugar mais perto de Deus. E do nosso Adeus. Que foi breve. Inteiro. E não precisou de muitas palavras.
Afinal aqui, neste claustro, onde o lago está seco o jardim ficou por cuidar, tudo isso é testemunho do abandono e de um outro adeus bem mais antigo e profundo do que o nosso. Pertencerei então aqui. Com a penitência de ainda te amar. Em silêncio. No (A)deus.

Sem comentários: