terça-feira, agosto 17, 2004

Ao tempo...

Ao F. e à S.


Confesso-te, houve tempos em que duvidei de tu e eu outra vez. Juntos. E nesses intervalos de tempos nasceram dores desconhecidas, passaram por nós outras vidas. Viagens. Descobertas. Sem amarras. Incessantes procuras. Do mesmo. Do que só havia em ti.
Ficaste-me na pele. Tatuagem dolorosa e impossivél de apagar. Dor impregnada num lugar desconhecido de mim. Imprimi-te em confissões regadas a álcool e a lágrimas. Gritos desesperados, apenas porque não estavas ali. Eram outros corpos. Outras pessoas. Não tu.
Agora, hoje, aqui comigo, tenho até medo de dizer que estamos juntos. Depois deste tempo. Depois de tudo. Tenho ainda medo de acreditar que estás aqui. Comigo. E amo-te, apetece-me dizer-te.

Sem comentários: