domingo, agosto 22, 2004

sometimes

tenho medo. dessas pessoas que entram sem avisar. não pedem liçença e apenas entram. e ficam. constroem castelos no ar. e depois sem avisar novamente partem. deixam saudades e pó nas coisas. que não me atrevo a limpar.
como plasticina. como brincadeira de criança, deixas-te moldar. seres em ti ou seres no outro. quando dás por ti já nem sequer sabes bem quem és. já foste. e nos olhos fica o brilho triste e melancólico de uma saudade. de uma vida que já torna.
assim, às vezes, tenho medo das pessoas. muito medo.

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