sexta-feira, junho 10, 2005

A ti porque ainda és sangue em mim

porque és a crosta que nunca cicatriza. o ar gélido da manhã. o café forte e sem acúcar, por favor. o anjo mau. a espera na paragem de autocarro. o ensejo. a locura depois da saudade. os diapositivos de uma paixão. o lento apagar de um cigarro contra o cinzeiro. porque há tempo. há sempre tempo para tudo, acredita. um dia voltaremos-nos a encontrar.a promessa guardada. no nevoeiro fugaz. cosi-o na na bainha da camisa branca. era minha ou tua? trocámos tantas vezes de roupa, de corpo e de alma que já não sei. o café sem acúçar. o frio da pele agora, és sempre tão quente e agora?


Agora ainda és sangue em mim. Só em mim.

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