domingo, julho 01, 2007

baloiçar


O baloiço é das minhas mais queridas recordações de infância. Voava. Impulsionada pelo sonho. de olhos fechados. porque o mundo era meu. Não precisava sequer que me empurrassem. Sozinha. Sonhava tudo. E balouçava. Sempre. hoje. na cadeira ou na rede. ainda balouço. o mundo ainda é meu. mas às vezes preciso que me empurrem.

4 comentários:

delusions disse...

Eu compreendo-te tão bem...
"Sonhava tudo. E balouçava. Sempre."

"ainda balouço. o mundo ainda é meu. mas às vezes preciso que me empurrem."...

simples e muito bonito. como o baloiçar da nossa infância.

bjinho*

c.bruno disse...

Tinha tantas, mas tantas saudades de te ler...
Quando for grande quero ser igual a ti. Ou pelo menos escrever como tu. Literalmente.

Anónimo disse...

Há um momento na vida em que, a partir daí, passamos a privilegiar um empurrão. Não precisamos que nos empurrem, apenas nos sabe bem o empurrão. Porque a dois se baloiça melhor. E não deixamos, forçosamente, de sonhar.

Anónimo disse...

É tããããããããããão incrivelmente bom vir aqui, a este fidelíssimo lugar-página baloiçar com a "Maria"; regressar voluptuosamente aos prazeres tão triunfalmente primários da sensualidade mais alar e, ao mesmo tempo, mais dura e desesperada--e sermos de súbito, por uns brevíssimos instantes nós mesmos, na luz fina e exactíssima que nunca deixa de evolar-se daquilo que a Maria" escreve!...