Vens. De braços abertos e desarmado, prometes tu. Vens com um sorriso inteiro que me abraça e me quer proteger. Dos outros e sobretudo de mim mesma. Dos meus medos. Que são muitos. Tantos que não te consigo enumerar. Ainda não te ganhei e já tenho medo de te perder.
Vens com a tranquilidade de um pôr-do-sol, prometes-me a noite, a madrugada, o dia, a vida inteira se for preciso. E enquanto vens e tornas a vir sempre com um sorriso eu fujo e tenho medo. Das armas que podes trazer escondidas, das mágoas que podem estar por vir, das feridas antigas que parecem nunca cicatrizar.
Vens com um beijo. Daqueles que não existem. Um roçar de lábios suave. A pele na pele. Lentamente. Vens e eu esqueço-me dos medos. De tudo. Esqueço-me das minhas defesas e dos meus enganos. Esqueço-me do que já fui. E só me lembro do que quero ser... contigo.
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